COSTA, M.P. da. A dança do movimento hip-hop e o movimento da dança hip-hop. ANAIS III FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA EM ARTE. Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Curitiba, 2005.
A dança do movimento Hip-Hop
Sara Mota Aparecida
Nesse artigo, são apresentadas as
duas danças características do movimento Hip-Hop e as diferenças da Old School e da New School. O Break é caracterizado como Old School e o Street Dance
é dito como New School.
Old Schol é considerado o
período da chegada do Hip- Hop ao Brasil, nessa época, ninguém tinha
conhecimento de fato sobre o movimento, nem mesmo seus praticantes. Em 1989
tudo mudou, quando o Movimento Hip-Hop organizado, apresentou um show no
Aniversário de São Paulo (25/01/1989) exibindo os movimentos da break. No
contexto estadunidense, New School é
conhecido por ser “praticado” por garotos negros, já o Old School é “praticado” por jovens adultos de diversas etnias.
O autor diz que os B-boys, pertencem
ao Break, e nessa dança os passos caracteristícos são o Boogie e o Wave. Segundo
os próprios B-boy’s, os passos de Street
são mais limpos, e “dançados”. Já o Street
Dance não se vincula diretamente com as raízes do Hip-Hop, o importante é
sempre criar um movimento novo, desvinculado de um vínculo estético específico.
Praticantes da New School são encontrados em sua maioria em academias, já os da Old School, geralmente participam de
todo o movimento Hip-Hop.
Segundo o autor, o Street Dance está sendo usado com fins
lucrativos, pela mídia, ele critica os esteriótipos, e coloca sua opinião da
seguinte forma
“(...) Essa
distorção de uma cultura que nasceu nas ruas para conscientizar o povo negro,
transformada em uma cultura de consumo de massa e altamente elitizada, é fruto
da sociedade-mercado em que vivemos. Tudo pode ser transformado em produto. A
necessidade de criar estereótipos é uma das maneiras de vender mais. Assim,
cria-se uma sociedade baseada em modelos impostos aos indivíduos, gerando
grandes desigualdades sociais.(...)”
Os Direitos d@s Negr@s, influenciou
os primeiros participantes do Hip-Hop, El@s ouviam e faziam RAP. No Brasil, em
1982, jovens da periferia (favela) começaram a dançar e ouvir RAPs
internacionais, e a partir daí começaram a compor os nacionais.
As seguintes perguntas são levantas:
- Por que dançar Street Dance?
Beatriz é dançarina e respondeu da seguinte forma “Ah, porque é alegre”, o que leva a acreditar, que atualmente as pessoas dançam, simplesmente por prazer, ao contrário dos jovens adultos no início da cena ainda na década de 1970. - Por que o Hip-Hop não pode ser utilizado como bem de consumo?
“Ora, se tudo pode ser apropriado a fim de gerar bens de consumo, por que não o Hip-Hop? Com isso, pode-se compreender por que uma cultura que já foi desprezada, vítima do preconceito, transforma-se em um fenômeno da mídia.” Diz o autor, o que me leva a crer, que atualmente, a ideia de que o movimento Hip-Hop, deveria fazer “barulho” e criticar o mundo está indo por “água abaixo”, as pessoas atualmente não se importam com o conteúdo, “ninguém” mais tenta compreender as letras, as metáforas, os movimentos, e os desenhos do Movimento, o importante é gerar lucro, o importante é favorecer a mídia de alguma maneira.
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