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terça-feira, 14 de outubro de 2014





ANÁLISE DE ENTREVISTAS E DE ROTEIROS

Texto fichado por: Vinícius de Freitas Camilo


Analisando alguns roteiros de entrevista semiestruturada elaborados por pesquisadores de doutorado e mestrado, o autor conseguiu identificar erros, dificuldades, e partes que são essenciais para uma entrevista chegar ao seu objetivo. Eduardo Manzini, em seu trabalho, faz as explicações necessárias para se entender claramente o que é entrevista em um sentido mais amplo. Procura dar ênfase em entrevistas: aberta, semiaberta e fechada.


Essas expressões podem trazer confusão com a terminologia de questões abertas e questões fechadas, ou seja, posso ter questões abertas ou fechadas durante uma entrevista, mas eu não saberia dizer o que seria uma pergunta semiaberta. Nesse sentido, ficaria difícil manter coerência teórica ao falar de entrevista semiaberta. Além disso, se nos detiver a estudar questões abertas, poderemos verificar uma grande variação desse tipo de pressuposto, algumas questões serão, provavelmente, mais abertas do que outras, pois a delimitação do que responder acaba sendo colocada pelo tipo da pergunta. (MANZINI, 2004, p.02)


Para entendermos a pesquisa semiestruturada devemos saber o que são: a entrevista aberta e a estruturada. A entrevista estruturada é aquela que as perguntas são fechadas, isto é, são pensadas para que o entrevistado não tenha chance de mudar o assunto para além do objetivo. A entrevista aberta, de forma resumida, é uma conversa livre entre duas ou mais pessoas sobre um tema proposto pelo entrevistador.
Então, por lógica, a entrevista semiestruturada é aquela que tem suas perguntas formuladas de forma pouco fechada, mas o entrevistador pode fazer perguntas instantâneas durante a entrevista, ou seja, se o entrevistador achar algum ponto (que o entrevistado tenha citado que pode ser importante para a entrevista), ele pode fazer uma pergunta que não esteja no roteiro, e, obviamente, anotando-a de forma devida.
Para Manzini, a entrevista semiestruturada é a melhor forma de coleta de dados. Isso explica por que ele dá tanta ênfase a esta forma de entrevista. “O estudo demonstra que as categorias de análise apresentadas podem ser generalizadas e empregadas por outros pesquisadores que usam a entrevista semi-estruturada para coletar informações.” (MANZINI, 2004, p.09)
Manzini também lembra que a entrevista semi estruturada é mais uma forma de coleta de dados.

Nesse sentido, para nós, a entrevista pode ser concebida como um processo de interação social, verbal e não verbal, que ocorre face a face, entre um pesquisador, que tem um objetivo previamente definido, e um entrevistado que, supostamente, possui a informação que possibilita estudar o fenômeno em pauta (...). (MANZINI, 2004, p.09)



Referência
MANZINI, E.J. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e roteiros. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE PESQUISA E ESTUDOS QUALITATIVOS, 2, 2004, Bauru. A pesquisa qualitativa em debate. Anais... Bauru: USC, 2004. CD-ROOM. ISBN: 85-98623-01-6. 10p.
Disponível em: http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt3/04.pdf 

Autor Eduardo José Manzini: Possui graduação em Psicologia pela Universidade Metodista de Piracicaba (1983). Mestrado em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos (1989). Doutorado em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo (1995). Livre-docente em educação pela UNESP de Marília (2008). E Pós-Doutorado na UERJ (2014). Atualmente é professor associado da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Campus de Marília. 
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