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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Hip-Hop nos EUA: reação do gueto

RESENHA: O livro vermelho do Hip-Hop

Gabriela Aguiar
Periferia é periferia
           Negros e pobres descriminados não entendem qual a importância da escola, se são submetidos a repressão, ao preconceito, apodrecendo a sociedade, alguns viram marginais, outros tentam buscar uma saída na música, na religião, desenhando em paredes.. 
           Isso retrata uma realidade dos guetos de Nova York nos anos 70, existem semelhanças com o Brasil, pois ocorreu o mesmo processo de retirada de negros da Africa, e o trabalho escravo. E da mesma forma existiu revolta. 
          O povo latino também era repreendido pelos americanos brancos, já que a periferia é assim em todo lugar, vamos entender um pouco mais sobre o nascimento do Hip-Hop, logo ali. 
          O preconceito era nítido, lugares para brancos eram separados dos lugares para negros, entre outros absurdos. E tudo isso ocorria na época da Guerra fria, a revolta dos negros era tamanha, que então surgiram líderes para orientá-los na luta contra a hipocrisia da sociedade, Malcolm X e Martin Luther King foram as principais figuras do movimento. 
         Malcolm era órfão de seu pai que era pastor, e acabou entrando no mundo do crime, e condenado a prisão, onde se converteu ao islamismo, a troca pelo sobrenome ''X'' era para negar a herança escrava e ao mesmo tempo mostrar o vazio que deveria ser ocupado pela tradição africana. Malcolm conheceu a cidade de Meca na Arábia Saudita, e lá percebeu que todas as raças poderiam conviver em paz, mas a situação nos EUA já estava descontrolada, X acabou sendo morto pela própria Nação do Islã. Já Martin Luther King tinha o mesmo ideal de Malcolm X, entretanto desejava alcançá-lo de forma diferente, King inspirado por Mahatma Gandhi acreditava no diálogo, dizia não a violência e pregava a paz e o amor. Ele chegou a ganhar o prêmio Nobel da Paz. Assim como X, King também foi assassinado, marcando o fim de um clico da luta do povo negro. 

         Os anos 60 foram assustadores, os brancos sentiam seu poder ameaçado, mas apesar das leis era difícil evitar discriminações. Com medo que o o comunismo dominasse milhares jovens americanos foram mortos em guerras. Muitos foram presos por se recusarem a participar das lutas no Vietnã.
Malcolm X

Martin Luther King

 O Rei está morto

          Como consequência da morte de King, alcançar uma solução pacífica não era exatamente o objetivo, partidos como os Panteras Negras (do qual a mãe do rapper 2pac participou) surgiram tentando resolver a situação de forma agressiva. A proposta mais aceita pelo povo negro foi de Black Power (poder negro). A tese de Eliane Andrade explica sobre a relação do Hip-Hop e do partido, onde é dito que o partido tinha grande influência sobre os jovens, fazendo com que eles se organizassem em grupo. Mas com toda a sociedade branca contra, os Black Panthers enfraqueceram. Deixado raízes no Hip-Hop, muitos b-boys e grafiteiros tinham relação familiar com os Panteras Negras. 
          Apesar das mudanças após a revolta dos negros, a vida nos guetos ainda não é nada agradável.

Black Panthers

 Raízes do ritmo 
          Na época musicas como ''Diga alto: sou negro e orgulhoso'' eram ouvidas nos guetos, mas não demorou muito para perder o sentido de protesto. Grandes nomes como James Brown surpreenderam os brancos. Quando isso ocorreu o Black Power já era forte nos bailes Brasileiros, e já haviam musicas sobre negros sendo lançadas, por exemplo as de Jorge Ben e Wilson Simonal. Assim, novos protesto começavam a surgir, mas contrapartida o sistema interferia. O show negro começou a se tornar comercial, com gravadoras contratando artista alienados, e brancos cantando como os negros. 

James Brown


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