Loading...
quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ARAUJO, Ana Gabriela. Landshapers: terriório do Freestyle, uma geografia do skate. 1º Colóquio de Território Autônomo – UFRJ, 2010.

                                                                                                                 Thiago Luiz Cachatori

            Para muitos o Skate é compreendido como um estilo ou filosofia de vida, entretanto a autora destaca ainda mais a importância desta atividade, a qual por se apropriar de espaços para a realização manobras se torna uma expressão insubordinada e de resistência à ordem sócio-espacial capitalista, dando uma nova significação para os espaços públicos constituídos pelo caráter disciplinador (utilizando muito da construção conceitual de Foucault). Como recorte dentro do skate ela se refere à modalidade do “Freestyle” ou como é conhecido aqui em Curitiba como o “Street”, com o objetivo de interpretar a geograficidade desta atividade urbana, tanto no campo simbólico quanto no concreto. Além de dar grande destaque para a ciberespacialidade do skate (sites, blogs, fotologs, etc), espaços estes fundamentais para a propagação deste movimento.
            Segundo ARAUJO a prática do skate configura-se como um movimento que, de passagem, se realiza em si e no instante empreendido, a partir das possibilidades do meio e da criatividade dos praticantes.
            Após a introdução do artigo a autora dá uma breve explicação de como o skate “nasce” na Califórnia nos anos 60, bem como alguns dados estatísticos da prática de skate no Brasil, retirados da CBSK 2009 (Confederação Brasileira de Skate) – entretanto os dados parecem estar bem desatualizados, pois constam apenas 300 competidores profissionais e apenas 1024 pistas em todo o Brasil, fato hoje que, partindo dos meus conhecimentos vivenciados é muito maior. Em relação a este esporte um dos pontos de maior destaque do artigo é em relação ao fazer skate, ARAUJO argumenta:
[...] Como o acontecer nas ruas, sem o condicional de maiores construções e estruturas de apoio, fato que os torna mais baratos e acessíveis em relação às outras modalidades; nem sempre primar pela competição, e ter como registro significativo a materialidade das imagens que circulam nas revistas e vídeos especializados [...].
           
            Outra análise realizada pela autora é em relação à representatividade e significado da ligação do Freestyle com a música (especificamente o Rap), para isso coloca alguns trechos de rap no artigo para mostrar que essa “liberdade” no skate também existe no rap, tentando compará-los. – Entretanto deixo aqui minha observação pessoal que a autora poderia ter aproveitado melhor esse recurso e ao invés de fazer uma comparação poderia ter feito uma junção desses fenômenos, pois as letras de rap apresentadas por ela não tem relação com o skate, apenas uma liberdade de expressão.
            Ao fim do artigo a autora fala de que alguns espaços são apropriados pelos skatistas, como as escolas, por exemplo, pela falta de estrutura que as cidades apresentam, fazendo com que os praticantes devam se reunir em espaços que, supostamente, foram elaborados para outra lógica e comportamento, gerando assim um conflito territorial e comportamental.

Observações pessoais
Vídeo que exemplifica o conteúdo trabalhado no artigo:

0 comentários:

Postar um comentário

 
Toggle Footer
TOP